Miastenia gravis. O que é?



Miastenia gravis. O que é?
O que é miastenia1 gravis?
A miastenia1 gravis (fraqueza muscular grave) é uma doença neuromuscular autoimune2 em que os anticorpos3 atacam os receptores localizados no lado muscular da junção neuromuscular4, acarretando episódios de fraqueza e fadiga5 muscular anormalmente rápida, causada por um defeito na transmissão dos impulsos nervosos para os músculos6. Os receptores lesados são aqueles que recebem o sinal7 nervoso através da ação da acetilcolina8.
Quais são as causas da miastenia1 gravis?
Embora todos os seus desencadeantes ainda não sejam conhecidos, sabe-se que a predisposição genética desempenha um papel essencial.
Na maioria dos pacientes, a miastenia1 gravis é causada por anticorpos3 antirreceptores de acetilcolina8.
Os anticorpos3 circulantes no sangue9 das mães podem ser passados ao feto, através da placenta, e produzir uma miastenia1 neonatal transitória, a qual desaparece alguns dias ou algumas semanas após o nascimento.
Quais são os sinais10 e sintomas11 da miastenia1 gravis?
O início da miastenia1 gravis pode ser súbito, com fraqueza muscular grave e generalizada, porém mais frequentemente os primeiros sintomas11 são variáveis e sutis, o que torna difícil o diagnóstico12 da doença.
O grupo muscular dos olhos é o mais frequentemente afetado e, tipicamente, pode ter como resultado a queda de uma ou ambas as pálpebras13 (ptose14 palpebral). Os sintomas11 podem estagnar nesse nível ou progredir para outros músculos6.
Os sintomas11 variam de doente para doente e podem, além disso, incluir visão15 dupla, estrabismo16, dificuldade de engolir e de falar, disfonia17, fraqueza dos músculos6 da mastigação, decaimento do maxilar inferior ou do pescoço18, queda da cabeça19 para diante, fraqueza dos membros (dificuldade ou até mesmo incapacidade de subir degraus, andar, elevar os braços, pentear, se barbear, escrever, etc.).
A fraqueza dos músculos respiratórios20, com a dificuldade consequente de respirar, é uma complicação potencialmente grave.
A gravidade da miastenia1 gravis varia de uma pessoa para outra e num mesmo doente pode variar ao longo do dia. Tende a agravar-se com o exercício e a melhorar com o repouso.
O que é uma crise miastênica?
Chama-se crise miastênica ao episódio agudo21 de insuficiência respiratória22 associada à fraqueza muscular grave. As crises podem ser desencadeadas por estresse emocional, infecções23, atividades físicas excessivas, menstruações, gravidez24, ansiedade, reações adversas a certos medicamentos, acidentes, etc.
Existem outras condições que vêm junto com a miastenia1 gravis?
Por se tratar de uma condição autoimune2, outras afecções25 autoimunes podem coexistir com a miastenia1 gravis, tais como hipo ou hipertireoidismo26, doenças do timo27, artrite reumatoide28, lúpus29 eritematoso30 sistêmico31, aplasia de células32 vermelhas, colite33 ulcerativa, doença de Addison, síndrome34 de Sjögren, dentre outras.
Como o médico diagnostica a miastenia1 gravis?
Em primeiro lugar, o diagnóstico12 baseia-se na história clínica do paciente e pode ser complementado pela eletroneuromiografia e pela dosagem dos anticorpos3 contra os receptores da acetilcolina8.
Como é o tratamento da miastenia1 gravis?
O tratamento da miastenia1 gravis é feito com o uso de medicamentos e, eventualmente, com cirurgia do timo27. Os dois procedimentos, isolados ou em conjunto, são razoavelmente eficazes no tratamento da doença.
O tratamento de primeira linha é com medicamentos anticolinesterásicos35, que diminuem a ação da enzima36 que degrada a acetilcolina8, fazendo com que esta aja por mais tempo, facilitando a transmissão neuromuscular. Em casos selecionados, geralmente pacientes com miastenia1 generalizada ou refratária a outros tratamentos, usa-se os imunosupressores.
Em doentes mais graves, faz-se necessária a terapêutica com esteroides, para produzir a remissão dos sintomas11. Contudo, em muitos casos, o tratamento medicamentoso não é suficiente e a cirurgia de remoção do timo27 tem de ser o passo seguinte.
Nas crises miastênicas usa-se fazer a plasmaférese, uma substituição do plasma37 do doente em que se faz uma espécie de lavagem do sangue9 e a remoção dos anticorpos3 que estejam bloqueando a transmissão nervosa. O uso de imunoglobulinas também está indicado nestas crises.
Como é a evolução da miastenia1 gravis?
A maioria dos doentes adequadamente tratados leva uma vida quase normal. Alguns casos podem entrar em remissão temporária, a fraqueza muscular pode desaparecer totalmente e a medicação pode ser descontinuada.
A doença raramente é fatal, mas pode ameaçar a vida quando atinge os músculos6 da deglutição38 e da respiração.
Quais são as advertências importantes para os portadores de miastenia1 gravis?
Os portadores de miastenia1 gravis não devem dirigir veículos automotores, especialmente à noite.
Crises de fraqueza muscular com comprometimento dos músculos da respiração39 exigem internação hospitalar imediatamente.



http://redpacientes.com/post/MG/Encuentran_una_nueva_causa_que_explica_el_debilitamiento_muscular_en_la_miastenia_gravis



                          Meus primeiros sintomas aos 38 anos.

Meus primeiros sintomas começaram aos meus 38 anos, mas começou sutilmente, como tinha dias que eu não conseguia pegar qualquer coisa acima do armário, depois passava, do nada eu caia, algumas vezes não conseguia levantar do vaso sanitário, perdia forças na musculatura do pescoço, mas tudo isso acontecia por momentos, nunca passava de horas, mas sempre procurando médico, mas ninguém achava um diagnóstico e assim foi por quase dois anos, até que um belo dia acordei com a pálpebra dos olho esquerdo literalmente fechada, e fui ao oftalmologista, dei sorte porque peguei um médico que também trabalhava do Hospital do Fundão, hospital da UFRJ, ele na mesma hora me disse que eu estava muito bem da visão, mas que iria me encaminhar para um neurologista pois estava com a suspeita de miastenia gravis, doença essa que nunca tinha ouvido falar, ele me deu uma explanação sobre a doença, eu ainda perguntei na época se a doença matava, e ele disse que não porém maltratava. E assim aos 40 anos eu fui ao neurologista e depois de uma bateria de exames foi confirmado pelo exame eletroneuromiografia Miastenia Gravis. E ao tomar o primeiro mestinon tudo voltou ao normal, até o organismo acostumar com ele. Mais detalhes de ela começou, as dificuldades que passei até o diagnóstico vocês poderão ler na página minha vida aos meus 38 anos.
Hoje eu vivo com ela em altos e baixos, aguardando o meu plano liberar um tratamento a base de rituximab para que ela possa entrar em remissão.

                                 Eu com os primeiros sintomas

                      Quatorze anos depois do diagnóstico




Com posse de uma carteirinha da Abrami é que podemos provar que não somos deficientes, e sim estamos deficientes.Eu já superei muitos desafios com esta doença, Já fiz todo tipo de terapia que pudesse me ajudar, como plasmaférese imunuglubolina e timectomia. Tive una fase em que ela entrou em remissão onde podia fazer literalmente tudo, eu conseguia até dançar de saltinho e essa minha fase de remissão foi de 2005 a mais ou menos 2010.


Essa foto é de meu aniversário de 2006
Estava na fase de remissão da miastenia. era quando dava conta de fazer tudo em casa, trabalhar fora, e ainda pegar ônibus com sacola na mão e subia no ônibus tranquilamente.


Eu sou a que está de vestido verde e branco comprido e de saltinhos, foi a melhor fase da minha vida com a miastenia, até ônibus eu subia cheia de pacotes nas mãos, como uma pessoa normal.
Sou acompanhada por uma psicóloga, mas só com muita terapia mesmo, porque na maior do tempo sinto que muitas vezes  o pânico toma conta de mim. Onde moro tem uma escada com uns 10 degraus, e tem corrimão, e eu já tenho todo o meu jeito de descer e subir a escada, mas outro dia tive que sair e já com táxi na porta, eu desci a escada, mas do portão para rua tem um degrau muito alto e eu não consegui descer de jeito nenhum, mesmo segurando no portão, mesmo as pessoas me ajudando não teve jeito, eu subi a escada de volta, vim para o meu quarto e danei a chorar, depois de chorar tanto, enxuguei as lágrimas e pensei comigo mesma, esse medo não vai tomar conta de mim, levantei da cama, desci a escada de novo e na parte de fora que não tinha ninguém olhando, mesmo com um pouco de medo consegui descer e já rua liguei para o meu amigo Beto que mora aqui e avisei que tinha conseguido descer e depois liguei para cooperativa de táxi, expliquei minha situação e ela mandou o táxi para mim. E por conta disso esse meu amigo diminuiu o degrau do portão para rua, ajudou com certeza, mas o que eles em geral não entendem que quando o pânico toma conta da gente não tem jeito.

          Essa é a escada


  
  Esse é o degrau da rua já adptado




 E assim estou com ela meia desequilibrada, segundo meu médico minha miastenia já está refratária e meu médico me recomendou um tratamento que na realidade é para as pessoas que tem câncer de linfoma, mas que está sendo experimentado nos miastênicos e 90% dos casos tem dado resultado, mas como se trata de um tratamento muito caro, eu encontrei barreiras com meu plano de saúde, eu recorri a todos os órgãos e já estava preparada para entrar com uma liminar na justiça, mas a nossa Presidente resolveu vetar esse tratamento até mesmo para as pessoas que tem câncer de linfoma, mas ela mesma precisou fazer uso deste tratamento.Com isso meu médico que é um neurologista especializado em doenças, sugeriu que eu entrasse com o remédio azatioprina, mas ele só começa fazer efeito e com isso estou com ela meia desequilibrada. Quem se interessar pelo médico o qual me acompanha é so fazer contato comigo.Eu já tenho essa doença vai fazer quatorze anos, e eu achava até pouco tempo que sabia tudo dela, tudo eu vasculhava na internet, mas só trocando experiências com outros miastênicos, você acaba descobrindo que o que você sabia era muito pouco.Como por exemplo eu achava que crise miastênica basta não poder andar direito,o  ou não poder fazer determinadas, o cansaço excessivo, tudo isso junto não é considerado crise e sim estar com ela em desequilíbrio, mas não, a crise mesmo nos leva a ficar com respiração comprometida e precisar ir para o hospital e ser entubada como já aconteceu comigo.A miastenia na minha opinião é uma "CAIXINHA DE SURPRESAS".

A outra coisa que aprendi infelizmente com a perda de uma amiga Eliana Pires da Fonseca, que não devemos entrar e sair de  um tubo diversas vezes, o máximo são duas vezes, e essa nossa amiga entrou e saiu não sei quantas vezes, e quando resolveram fazer a traqueostomia o coração dela não aguentou.

É a que está de lencinho verde.Dentro do facebook nós temos um grupo que é de lá que tiramos muita dúvidas, e o caso de nossa amiga foi uma revolução, e foi aí que passei a me dar conta de quando devemos ir para um hospital.Tem muitos neurologista que não entende muito da doença e vai passando como tratamento o plamaférese e imunoglobolina indiscriminadamente, e isso temos que ter muita ATENÇÃO. Eliana foi para fazer sessões de imuno e por consequência acabou indo. Tudo bem que cada organismos é um organismo, e cada pessoa é uma pessoa. Vamos primeiro tirar dúvidas e trocar idéias, justamente por se tra tar de uma doença caixinha de surpresa.É deste grupo que tiramos muitas dúvidas, é um grupo fechado e administrado pela nossa amiga Aline Cuerci, Atividade Física é administrado pela nossa amiga Raquel Miranda e Miastenia Espiritualidade pela nossa amiga Katherine Alexandre  , querendo é só fazer o pedido de aceitação
Grupos grupos.