Aqui falarei da minha vida com minhas preciosidades que são: Meu filho Meus netos Minha família Meu anjo amigo Meus amigos Meus bichinhos Minhas flores e plantas E músicas.
Minha vida é cheia obstáculos e por todos que passei trago uma cicatriz, cicatrizes essas que ficará sempre para me mostrar que a vida é bem diferente do que imaginava antes. Cai sim, mas com ajuda e, primeiro lugar Deus, de amigos e da família eu consegui me reerguer. Hoje sou uma pessoa que luta com uma doença rara auto-imune chamada miastenia grave, luto, mas com dignidade, paciência e muita sabedoria aceitando o que Deus reservou para mim, sei que não faz nada por um acaso. Ele me deu muitas bençãos, minha família, meus queridos netos, amigos, meus bichinhos, minhas plantinhas e flores. Adoro ouvir músicas. Sou Kardecista e junto com meus netinhos é onde tiro muita forças para continuar a luta.
Para cada um deles tem uma história
Patrick
Jovana,Patrick e Naldo
Quando Naldo conheceu a Jovana ela já tinha o Patrick com dois aninhos de idade, o pai biológico dele é falecido, e Naldo quando foi morar com a Jovana adotou como filho, sempre muito bonito era o queridinho do vô Beto e da bisá Derli. Ele surgiu numa época em que que eu e Beto não nos falávamos, eu só falava com a Derli e Naldo ia mais lá do que aqui, por isso ele tornou o neto querido deles. Mas é uma criança muito educada e carinhoso.
Yarlei
Yarlei ainda na barriga
Quando ele tinha uns dois anos mais ou menos, os pais tiveram que morar aqui, pois os dois só conseguiram trabalho por no Boulevard Shopping (antigo Iguatemi), um era no horário da manhã e o outro no horário da tarde pra noite, e por isso eu tomava conta o Yarlei, até coloquei uma menina para dar os banhos dele, já que isso para mim já dificultava, ter que me abaixar, e nem pegar peso. Era comigo que ele dormia, pra onde eu ia ele ia junto, nem que fosse para ficar longos dias fora, ele ia,eu confiava mais em mim do que nos pais, que não tivessem trabalhando estavam dormindo. E mesmo depois que o pais voltaram pra Realengo o que é um pouco distante, ele passava muitas vezes a semana comigo. e com isso nossos laços foram se estreitando. Uma criança muito carinhoso.
Júlia
A história dela é um pouco mais longa. Jovana quando engravidou da Júlia ela não falava comigo, por coisas que com experiências de vida e a idade conseguem explicar, nas eu também não paparicava porque não é do meu estilo, eu cuido, dou amor mais que com gestos do que com palavras, eu sempre fui assim, não sei se é o certo, mas assim sou eu, não paparicava, e o meu filho que era normal na idade que ele tinha na época ir pela cabeça dela, mas sempre deixei que o tempo se encarregasse de colocar as coisas no lugar, dar o devido tempo da reflexão. O fato é que quase não nos falamos no decorrer daquele ano 2009, até porque do meio do ano pra cá a miastenia resolveu dar umas incertas comigo e o astral na minha casa também não estava muito bom por problemas outros. Já no final de ano, mais ou menos no dia 20 de dezembro Jovana deu entrada no hospital por complicações de trombose nas pernas, a partir daí eu passava ligar todos os dias para saber dela. Só que as coisas para o meu lado complicando cada vez mais com a miastenia, com dificuldades para quase tudo, maquela época eu tinha uma pessoa para me ajudar, e o Beto estava sempre conectado comigo e de vez em quando ele vinha aqui. No dia 24 de dezembro eu estava visivelmente mau, o meu irmão não estava aqui, e sim no sul com a família da minha cunhada e só voltaria no dia dois de janeiro. Mas vieram minhas irmãs, amigos e vizinhos pra cearem comigo, deixaram tudo arrumadinho nos seu devido lugares minha irmã me colocou na minha cama e nesta época eu estava num passo para cadeira de rodas, mas consegui ir para cama. Minha querida prima Graça ainda ligou para mim as 2 hs da manhã pata desejar bom natal e pela minha voz ela percebeu que não estava bem. Consegui dormir e quando foi umas 8 horas da manhã consegui me levantar da cama com meu jeitinho todo especial de levantar da cama e do sofá mas isso quando estou mais ou menos, caso contrário preciso de ajuda ( meu vaso já é adaptado). No dia 25 de dezembro de 2009 eu me levantei e meio que tropega conseguir ir banheiro e fui direto para o sofá da sala e ali eu fiquei, ainda bem que tinha comida pronta. Kariane mãe de Isabela que estava grávida na época e gravidez de risco (essa é uma história à parte, que logo vocês lerão aqui. Mas Kariane com todo sacrifício me assessorou com comida e assim eu passei a tarde do dia 25, liguei pra Jovana pra saber dela, tudo normal, Beto ligou para mim, tivemos uma pequena discussao (mas ele não sabia ao certo meu estado) Por volta das 7 horas da noite eu ainda deitada no sofá, Kariane resolveu medir minha pressão e temperatura, a pressão estava nas alturas, e a febre já estava 39º, eu realmente me preocupei porque sei que quando chego neste estado da mg é porque alguma coisa não está legal. Na mesma hora Kariane ligou para minhas irmãs e relataram a situação, quando elas chegaram, gerou em mim o pânico também, como descer a escadaria da minha no estado que eu estava, com isso dentro de um nervosismo acabei urinando no sofá mesmo, até porque fiquei o dia inteiro me segurando, e o clima estava tão pesado naquele dia que até a lâmpada e o ventilador explodiram. Com muitos gritos de pânico e com ajuda de muita gente consegui chegar no carro. E minhas irmãs ainda foram brigando comigo não lembro nem porque. Chegando no hospital fizeram uma bateria de exames inclusive tomografia, quando estava fazendo esse exame resolveram aplicar o contraste, na mesma hora me veio a falta de ar, e já sai dali no balão de oxigênio, CTI. entubada e 10 dias de coma, ou seja passei meu aniversário e ano novo em coma, quando voltei do coma surtei literalmente, fizeram 5 sessões de imunoglobulina, o diagnóstico diverticulite aguda e me trataram com antibiótico, e quando finalmente fui para o quarto, e foi quando me disseram que minha netinha Júlia nasceu no mesmo dia que eu, ou seja dia 27/12, eu em 1958 e ela em 2009. Neste dia ela nascia e eu praticamente renascia.
Passado muitas outras superações com esta doença, Julinha passou a ficar muito comigo, não demora muito tempo ela diz que quer ficar com a avó Tina, e o mais gostoso que depois de um tempo de estadia aqui e que ela tem que ir embora, com a mochila já nas costas ela sai e depois volta correndo me abraça e diz: Vó eu vou porque também estou com saudades de casa, mas vou sentir muita sua falta. E assim é esta minha netinha Júlia.
Isabela
Essa também uma linda história comigo. São histórias de superações.
Houve uma época da minha vida que eu morava sozinha, e por uma casa grande com 3 quartos eu resolvi alugar quartos para o universitários, mas como não veio ninguém, e uma vizinha me pediu se podia alugar para uma colega de trabalho e não podia pagar muito, eu acabei aceitando. E como eu vivo dizendo nada nessa vida é por um acaso.
Kariane uma menina com idade para ser minha filha, oriunda do Maranhão, mãe morando lá, uma menina muito fechada e muito desconfiada e de pouco papo, quando não estava trabalhando estava trancada no quarto, aos poucos eu fui conseguindo trazê-la para o meu mundo e quando me dei conta já estava lidando com ela como se fosse uma filha. Não demorou muito, se engraçou pelo meu vizinho daqui de trás Alex Moura, e eles tinham maior liberdade aqui dentro de casa, era assim que eu agiria se tivesse tido uma filha. resolveram alugar uma casa e arrumaram os móveis prioritários para uma casa.
Já algum tempo morando juntos, eles passaram aqui e ela muito magrinha, olhei pra ela e na mesma hora eu disse que estava grávida e que era uma menina. Não demorou e eles só vieram confirmar a gravidez. Apenas um detalhe os dois tem gênio.
Um noite chuvosa já quase 22 horas Kariane bateu aqui na porta chorando dizendo que tinha brigado com Alex, acalmei da maneira que pude e consegui colocá-la para dormir, quando deu mais ou menos 1 hora da manhã ela me acordou dizendo que estava com cólicas, eu olhei e vi que estava perdendo sangue, na mesma hora liguei para o Alex que também voltou pra casa dos pais que moram na parte de trás da minha casa, disse que Kariane estava abortando e na mesma hora o sogro e a cunhada a levaram para o hospital, e o sr. Alex dei-lhe uma maior sermão, dizendo que jamais ele poderia me tirar a menina de dentro da minha casa e me devolver grávida e ainda por cima deixá-la descer uma escadaria enorme onde morava, sozinha e com chuva, e que isso era papel de moleque, ainda bem que Alex sempre me ouviu sem me responder. Por volta das 5 horas da manhã ela chegou, demorou esse tempo todo porque tomou uma medicação para segurar o feto, e ficou diagnosticado uma gravidez de risco e que teria que ficar a maior parte do tempo de repouso quase que absoluto, e eu logo pensei que não poderia voltar pra casa dela por causa da escadaria e porque não teria quem cuidasse dela, e como iria colocá-la num quarto pequeno se logo viria uma criança e já tinha cama de casal, o quarto que ocupou logo que chegou aqui, por circunstâncias de minha tia de idade ter vindo pra cá, eu já tinha passado Kariane para o quartinho do meio que é pequeno.
Diante da situação, conversei com ela sobre a relação dela com o Alex e que pra casa não poderia voltar e que ela iria ficar no meu quarto que é maior e que já poderia arrumar para o bercinho do bebê, ela à principio relutou um pouco mas não teve outra saída a não ser aceitar. Nem sempre o que gente diz é o que vale. Muitas vezes você fala com a cabeça, mas na hora H o coração fala mais alto. Eu tinha falado pra açguém poucos dias antes de tudo isso acontecer, que se tinha uma coisa que não cedia para ninguém era o meu quarto, pois é o quarto que eu nasci, e continuou sendo meu em diversas circunstâncias e definitivamente depois que vim morar aqui de vez e que antes dividia com minha mãe, mas depois que faleceu, fiquei só nele.
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