Minha vida após os 38 anos

contador de visita                                    
Minha vida



Oi, Sou Tina


Maria Christina de certidãoTina de devoção
Tenho uma linda família que é o meu tesouro
Sou mãe, avó, tia, madrinha, irmã, divorciada, viúva, amiga, sou amada por muitos e todos amo.
Sou carioca, amo minha cidade e amo meu bairro Grajaú.
Nascida e criada na mesma casa onde moro até hoje e nasci no mesmo quarto que durmo.
Amante das crianças, animais e plantas.
Minha religião é Kardecista.
Meus maiores ídolo são Michael Jackson e Tim Maia
Relatarei minha história à partir dos meus 38 anos, foi quando apareceu os primeiro sintomas de uma doença auto-imune chamada miastenia graves.Uma doença que não mata, porém maltrata.



Minha cidade maravilhosa!


Meu bairro Grajaú



Meu ídolo Michael Jackson


Meu outro ídolo Tim Maia







Meus animais e plantas



Allan Kardec (kardecismo)





Minhas crianças

Aqui eu falo de uma doença pouco conhecida, mas os que conhecem sabem o quanto ele maltrata. Os primeiros sintomas começaram aos meus 38 anos e só fui diagnosticada com 40 anos e daí pra frente tem toda uma história de vida com ela. Eu passei de tudo um pouco com essa doença, me arrastei no chão como cobra, fiz plasmaférese, timectomia, imunoglobulina , fiquei entubada, em coma por 10 dias, enfim passei momentos terríveis com ela. No final de toda minha história terá uma explanação da doença, inclusive relatos de miastênicos. Mas com graça de Deus estou aqui lançando o meu blog para auxiliar naqueles principalmente estão começando com a doença agora e seus familiares. E saibam nossa luta é constatante, as vezes me sinto a ave Fênix, renascendo das cinzas.




Minha história com a doença, quando e como ela começou e meu convívio com ela até hoje. Vocês notarão que em cada passagem com essa doença que posso até dizer que é um tanto misteriosa por tudo que já passei com ela, sinceramente não cheguei a uma conclusão, não só por mim, mas por relatos de pessoas miastênicas, nem os neurologista sabem dizer ao certo o porque desta doença e 80% dos casos atinge as mulheres, na minha opinião essa doença é uma "CAIXINHA DE SURPRESAS".
Devo destacar que não é uma doença fácil de ser diagnosticada, no meu caso eu levei um ano e meio para o diagnóstico, mas li no grupo do miastênicos de uma conhecida, que ela levou 15 anos para fechar o diagnóstico, não sei como essa pessoa aguentou, fico imaginando o sofrimento dela, tendo as crises e sem saber o que fazer.
Bom! minha história começará um pouco antes para que vocês possam entender o que Deus nos reserva e que nossa vida é comandada por ele.
No ano de 1977 eu namorei um rapaz que morava aqui na mesma rua chamado Oswaldo. Ele era químico da Petrobrás e trabalhava no Cenpes Fundão (Ilha do Governador). esse relacionamento foi um dos melhores que tive pra não dizer o melhor, ele era o tipo de pessoa que ame ou odeie , pois não escondia nada de ninguém doa a quem doesse e o nosso relacionamento era assim aberto franco. Eu sempre dizia que não era bonito, mas que tinha uma beleza interior e um sorriso contagiante, quanto a beleza interior só quem convivia com ele que poderia perceber essa beleza. O nosso relacionamento durou 2 anos, ele se apaixonou por uma colega de trabalho e casou-se com ela. Com 1 ano de casado já estava arrependido e eu me tornei sua "confidente" por algum tempo e depois sumiu nunca mais ouvi falar dele e seus pais tinha mudado daqui.
Uma vez ele me disse umas palavras que achei muito sábia e verdadeira e à partir daí passei a levar isso como leme na minha vida, ele disse o seguinte:
Quanto gostar de alguma coisa ou amar alguém não parte com as mãos pois sairá por entre os dedos, mas se ao invés deixar as mãos abertas e se tiver que ser seu de alguma forma voltará leve o tempo que levar.
Devo destacar que não é uma doença fácil de ser diagnosticada, no meu caso eu levei um ano e meio para o diagnóstico, mas li no grupo do miastênicos de uma conhecida, que ela levou 15 anos para fechar o diagnóstico, não sei como essa pessoa aguentou, fico imaginando o sofrimento dela, tendo as crises e sem saber o que fazer.
Bom! minha história começará um pouco antes para que vocês possam entender o que Deus nos reserva e que nossa vida é comandada por ele.
No ano de 1977 eu namorei um rapaz que morava aqui na mesma rua chamado Oswaldo. Ele era químico da Petrobrás e trabalhava no Cenpes Fundão (Ilha do Governador). esse relacionamento foi um dos melhores que tive pra não dizer o melhor, ele era o tipo de pessoa que ame ou odeie , pois não escondia nada de ninguém doa a quem doesse e o nosso relacionamento era assim aberto franco. Eu sempre dizia que não era bonito, mas que tinha uma beleza interior e um sorriso contagiante, quanto a beleza interior só quem convivia com ele que poderia perceber essa beleza. O nosso relacionamento durou 2 anos, ele se apaixonou por uma colega de trabalho e casou-se com ela. Com 1 ano de casado já estava arrependido e eu me tornei sua "confidente" por algum tempo e depois sumiu nunca mais ouvi falar dele e seus pais tinha mudado daqui.
Uma vez ele me disse umas palavras que achei muito sábia e verdadeira e à partir daí passei a levar isso como leme na minha vida, ele disse o seguinte:
Quanto gostar de alguma coisa ou amar alguém não parte com as mãos pois sairá por entre os dedos, mas se ao invés deixar as mãos abertas e se tiver que ser seu de alguma forma voltará leve o tempo que levar.


Ele tocava violão e tocava muito essa música pra mim.
Ele canta e muito essa música.
Eu também segui meu caminho me casei com Roberto Libardi (mas conhecido como Beto) e adotamos o nosso filho Reginaldo Ferraz Libardi (Naldo).



Nosso casamento foi só no civíl



Naldo



Apesar do Beto ter um coração enorme ser de uma humanidade muito grande, tinha o vício da bebida e isso fazia dele uma pessoa muito irresponsável, nosso casamento durou 12 anos, eu ainda tentei inúmeras vezes que ele parasse de beber e pelas irresponsabilidades dele chegou ao fim no ano de 1996, justamente num dos piores anos da minha vida, ano em que perdi minha prima Márcia que estava grávida, morreu ela e o bebe, depois morreu um tio, final do meu casamento e perdi no mesmo ano o meu sobrinho primogênito Alfredinho.

Minha prima Márcia 


Meu sobrinho Alfredinho


Alfredinho é este que está comigo do lado esquerdo
Minha sogra Derly já vinha falando pra ele que se o casamento acabasse seria por culpa dele, e como ela gostava muito de mim e me considerava como filha, mantivemos o nosso relacionamento mesmo com a separação.

Minha sogra Derly



Passado um ano da separação estava eu numa festa de aniversário da filha de uma amiga minha, quando de repente meu coração deu um aperto tão grande de saudades do Oswaldo e já tinha mais ou menos 18 anos que eu não ouvi falar se quer dele, e ainda comentei com a Claudinha desta saudade e ela ainda me perguntou se eu não sabia como encontrá-lo e eu disse que não, mas que iria tentar. Procurei na lista telefônica pelo sobrenome, procurei também ligando para o Cenpes mas aquilo lá é muito grande, era o mesmo que procurar uma agulha no palheiro, acabei desistindo. Quando um belo dia vindo do trabalho encontrei com um amigo comum entre nós dois, e eu perguntei se ele sabia do Oswaldo e disse que sim, eu não quis saber se estava casado ou não só pedi que desse meu telefone pra ele e o Carlinhos ainda me perguntou se era isso mesmo que queria e eu disse que sim. Passado 15 dias numa bela noite já 11 horas o telefone toca, era o Carlinhos e me disse Cristina espera um instante que tem uma pessoa querendo falar com você e veio aquela voz que a muito tempo não ouvia, meu coração quase pulou pela boca parecia a própria adolescente, segundo ele sentiu a mesma coisa quando ouviu minha voz. Queria que eu saísse com ele naquele mesmo dia, eu dei uma desculpa e marcamos para o dia seguinte e que ele ligasse para o meu trabalho. Pulei da cama na mesma hora e já fui pintar cabelo secar e fazer toca (para alisar o cabelo) e quem disse que eu dormi direito a ansiedade era grande. No dia seguinte quando cheguei no trabalho todos me elogiaram e eu fiz o comentário, passei a parte da manhã numa ansiedade só e ele não ligou, na parte da tarde perto de umas 5 horas foi que ele ligou, então marcamos no ponto final do ônibus que pegava pra casa, ali tinha um barzinho muito bom. Quando o ônibus fez a curva pra entrar no ponto final eu já tinha avistado e pensei comigo mesma "nossa como ele embelezou", e ele também quando me avistou eu descendo do ônibus pensou: " continua bonita apesar da idade ainda dá para um bom caldo". Bom! nos beijamos no rosto, sentamos fizemos nossos pedidos, naquela época eu ainda toma um Martini doce. Começamos a conversar falamos de todos os nossos amigos em comum até eu peguntar como estava a vida dele e me disse na hora enrolada, e eu ainda comentei pra variar. Me disse que depois que separou da Gorette me procurou aqui na rua que por diversas vezes subiu e desceu essa rua e ainda ficava parado com o carro aqui na porta, ainda bem que o Beto não percebeu isso e nem eu dei de cara com ele, se não ia ficar complicado, mas por não me encontrar pediu meu telefone para o Carlinhos e este disse que não ia dar porque eu estava casada e bem casada, aí foi que eu entendi o porque do Carlinhos ter perguntado se era mesmo aquilo que eu queria, como o ele não deu o nº para Oswaldo acabou desistindo de me procurar. E assim 18 anos depois ele voltou.
Carlinhos é este que está com o tambor na mão



Então ele disse que tinha se envolvido com uma mulher com a qual teve um filho Luiz Eduardo e que depois disso fez vasectomia, pois já era o terceiro, dois com a Gorette Rafael e Marcelo e este que na época se eu não me engano estava com uns 4 anos. Mas que naquele momento estava morando com uma mulher que já estava separado de corpos e como ela não tinha pra onde ir ele foi dando um tempo para encontrar um lugar, mas ele achava que não encontrava nada na esperança de reatar e eu conhecendo-o bem sabia que não reataria. Mas o fato é que aquela noite terminou em beijos. A princípio nos encontrávamos quase que todas as noites, depois me deixava em casa e ia para Jacarepaguá e isso me incomodava um pouco. Como eu tinha uma moça que trabalhava pra mim a Vânia ele pediu se ela poderia lavar as roupas dele que estavam acumulando. Numa bela noite quando veio me trazer em casa eu pedi que esperasse um pouco e entrei pra falar com minha mãe perguntando se oporia em Oswaldo morar com a gente, ela só disse: "Minha filha a vida é sua corra atrás da sua felicidade", era só o que eu queria ouvir, voltei correndo lá pra frente e disse a ele que iria dormir aqui em casa comigo e ele aceitou deu um boa noite a minha mãe muito sem graça e entrou para o quarto, nesta noite ele não dormiu direito, lógico em casa diferente, no dia seguinte levantamos para ir ao trabalho, ele me deixou no ponto mais próximo possível do meu trabalho e seguiu para Cenpes, a noite sempre me esperava no mesmo barzinho para voltarmos para casa e com o tempo ele foi se acostumando e já vinha do trabalho direto pra casa, pois ele saia bem mais cedo do que eu. A Sandra por sua vez viu que não tinha mais chance com o Oswaldo tratou logo de sair do apartamento, e justamente nesta época o meu irmão já estava morando com a Jane, e estava passando por uma dificuldade financeira e não podia mais pagar aluguel, então ficou combinado de que ele viria pra cá e nós iríamos para o aptº de Jacarepaguá e Naldo ficaria com meu irmão por causa do colégio que ficava aqui perto.
Oswaldo gostava muito de vez em quando virar a noite tocando violão e cantando e gostava muito de cantar pra mim, ou conversando jogando conversa fora, foi quando ele me falou que gostaria muito de morar numa casa em uma cidade pequena fora porém perto do Rio e como comentei que também gostaria de morar em casa que tivesse todo um espaço para se fazer horta, ter umas criações, árvores frutíferas ele se empolgou e no final de semana seguinte estávamos nós em Maricá atrás de casa, vimos um monte mais nada agradou o Oswaldo, quando a corretora disse que tinha uma que parecia uma chácara com 5 mil metros quadrado mas que ficava a 2 km de distância do centro, Oswaldo quis ir lá na mesma hora. Quando chegamos mais parecia um sitiozinho, a piscina não estava limpa e o chão cheio de folhas secas, mas com muita árvore frutífera, uma boa churrasqueira, Oswaldo só olhou o espaço e já ficou vidrado com o local a casa por dentro ele viu mais ou menos através de vasculhante do banheiro, e pediu a corretora para que o dono viesse no dia seguinte que muito provavelmente iria fechar o negócio, pernoitamos por lá mesmo ficamos num hotel de frente para lagoa de Maricá muito gostoso por sinal.
No dia seguinte cedo levantamos e o dono da casa já estava lá nos esperando, Oswaldo olhou a casa por dentro e foi amor a primeira vista fechou na hora, dali viemos embora para o Rio. No dia seguinte eu fui trabalhar e e o Oswaldo voltou para Maricá para tramitação dos papéis da casa, eu sei que em menos de quinze dias estávamos mudando de vez pra lá e deixamos o básico no aptº .
Esta é a frente principal da casa


Oswaldo quando comprou a casa já tinha um caseiro que morava ali perto com a família mas ele mantinha outra mulher que morava num quartinho atrás da casa e tinha duas crianças. Mantivemos o caseiro mas a Tânia teve que sair porque ela bebia muito e arrumava sempre confusão. Mas logo de início o Paulo fez um excelente galinheiro.
Nossa criação de galinha e cabra

Galinheiro feito pelo caseiro 

Nossa hortinha 
E assim fomos levando nossas vidas, no início nós levantávamos umas 5 horas da manhã, eu ia direto fazer o café, Oswaldo tomava um banho, eu logo em seguida e pegávamos a estrada, eu dirigia na ida deixava-o no Cenpes e depois seguia para Botafogo, quando estávamos muito cansados ficávamos no aptº de Jacarepaguá.
Foto noturna do Cenpes

Eu vinha percebendo algumas coisas esquisitas em mim, como por exemplo sem ânimo para fazer diversas coisas, era um desânimo fora do normal, cheguei a comentar com o Oswaldo e ele me disse que poderia ser cansaço e realmente estávamos numa rotina fora do normal, e por conta disso eu comecei a faltar no trabalho, para levantar da cama era um sacrifício enorme, quando conseguia vencer esse obstáculo dirigia o carro deixava o Oswaldo no trabalho e ia para o meu, quando não deixava-o no trabalho e ia para aptº de Jacarepaguá e ligava para a minha gerente e avisava que não estava bem. Naquela época a empresa estava passando por uma situação muito difícil e teria corte de pessoal. A minha gerente particularmente gostava muito de mim, eu era secretária dela Ana Palmer, ela sabia de tudo que se passava comigo, a barra que passei com as perdas de minha prima e sobrinho, separação com o Beto, o meu reencontro com o Oswaldo, inclusive foi ela quem me emprestou uma roupa para ir a essa festa que me fez lembrar do Oswaldo, e a nossa relação de amizade era desse nível, então quando teve que tomar uma decisão me chamou numa sala e me disse: Christina eu não queria te mandar embora sei que será difícil encontrar uma secretária com uma agenda ambulante como você (isso porque eu tinha todos os números de telefone dos lugares do sul do país na cabeça RBS Televisão do Sul afiliada a Globo), mas eu tenho que escolher entre você e Magda, você de uma certa maneira tem o Oswaldo agora pra segurar a barra e a Magda que é arrimo de família, por isso estou escolhendo você. Isso foi em outubro de 1998.
Esta primeira é a Magda 
A partir daí eu melhorei muito do cansaço e ficou mesmo por conta o estresse, mas nossa rotina continuou, descíamos deixava no Cenpes e depois ia para o aptº de Jacarepaguá fazia o que tinha que fazer, ir ao mercado para fazer compras para a casa de Maricá e depois pegava-o no trabalho e íamos pra Maricá e quando muito cansados ficávamos em Jacarepaguá, e levamos isso até ele se aposentar.
Em março de 1999 saiu a aposentadoria dele e como ele principalmente precisava descansar tiramos uns 10 dias e fomos para Paraty, um cidade histórica que fica na cidade do Rio de Janeiro.
Cidade histórica Paraty
Quando voltamos de Paraty podemos de fato nos fixar em Maricá. Oswaldo resolveu aumentar nossa cozinha e fazer duas quitinetes em cima da casa e quando elas ficaram prontas achou que poderíamos brincar de pousada, em época principalmente de carnaval a procura era muita e pouca oferta.
Fase da construção da minha cozinha 
Minha cozinha já pronta. Beija-flor entrava e saia a vontade
Quando terminou a cozinha começou a obra das quitinetes, foram duas e nós faríamos uma pousada, e compramos tudo para isso, no início foi muito bom, mas como o Oswaldo não queria compromisso, sim porque tinha que acordar cedo para me ajudar a preparar o café da manhã dos hóspedes.
As quitinetes em construção
Quarto pronto para pousada
Mesa do café da manhã dos hóspedes
Resolvemos parar de brincar de pousada, na realidade o que o Oswaldo gostava mesmo era de receber o amigos em casa, ouvir música, tocar violão ou qualquer outro instrumento. Quando os amigos dele iam lá pra casa eles normalmente viravam a noite tocando pagode, as vezes eu também. Os quartos das quitinetes serviram pra isso, quando iam amigos nossos do Rio ficavam lá, e meu filho ficava no outro quarto.
Teve uma época que mudamos de caseiro, era na realidade um amigo nosso que morava ali perto e como o Paulo não estava dando conta do serviço resolvemos colocar o Sérgio, inclusive quando o Oswaldo tinha que vir para o Rio por causa dos filhos, normalmente Sérgio e a mulher dele ficavam comigo para que eu não ficasse só.
Eu e o Oswaldo tínhamos o hábito de ficarmos até tarde conversando, ouvindo e dançando (modéstia a parte éramos um maior pé de valsa), ou até mesmo jogando cartas. E ele também adorava colocar músicas de Geraldo Azevedo e colocava também músicas do Grupo Cantoria o qual o grupo já tinha acabado, mas que ele gostava muito e dedicava as músicas para mim.São elas:


Moça bonita 
Dia Branco 
Quando fevereiro chegar 
Ele cantava muito essas músicas pra mim e numa dessas noite resolvemos que iríamos viajar para Porto Seguro, e ele era do tipo de pessoa que pensava numa coisa num dia e não demorava muito já estava executando, resolvemos isso numa noite de quarta-feira e na segunda-feira já estávamos embarcando para Porto Seguro. Eu não conhecia e para mim foi o máximo. Porto Seguro é pra quem gosta da noite e nós aproveitávamos bem as noites e dormíamos durante o dia.
Antes eu quero da entrada num fato que aconteceu que talvez tivesse sido o primeiro sinal e eu não dei conta. A formatura do filho mais velho Rafael, estávamos eu, D. Zila (mãe de Oswaldo) e o Oswaldo indo pra a rua principal do Grajaú para pegar um táxi e eu como estava de salto alto percebi que na caminhada o meu pé direito estava virando toda hora e não tive outra solução a ser tirar o sapato, quanto cheguei no clube da Lagoa coloquei o sapato e mais nada aconteceu.
Porto seguro é esse agito o tempo todo
Mas era nessas ruas de Porto que a música, dança e bebida pegava à noite, em cada esquina tinha um conjunto tocando todos os tipos de música e por isso trocávamos a noite pelo dia, e quando acordávamos por volta do meio dia íamos ao Barramares.
Estávamos nós no quarto da pousada descansando e vendo televisão quando vimos anunciar que o Cantoria iriam se juntar para fazer duas apresentações em Gabriela da Folia que ficava em Ilhéus, na mesma hora Oswaldo perguntou vamos? Eu apenas disse e as bagagens? já tínhamos comprado muita coisa, inclusive já tínhamos comprado bolsas para carregar tudo. Ele pensou, saiu do quarto demorou um instante e voltou dizendo que já tinha resolvido o problema, ela pagaria por um lugar mesmo na pousada só pra ficar nossas coisas. E assim foi rumo a Ilhéus, assim que chegamos procuramos uma pousada perto de onde seria o show, deixamos nossas bolsas e fomos comprar os ingressos, voltamos para pousada demos uma descansada e fomos para o show. Foi muito bom vê-los de perto, Oswaldo ficou muito emocionado em poder ver o show do cantoria ao vivo já que eles tinham acabado.
Oswaldo com o Geraldo Azevedo e eu com o Xangai
Assim que terminou o show fomos pra pousada e dormimos, logo pela manhã no café a Dona da pousada veio conversar com a gente e explicamos porque estávamos e em Ilhéus e então ela nos perguntou se conhecíamos Morro de São Paulo e ela disse que ficava perto e que íamos gostar muito e lá fomos nós para Morro de São Paulo. Fomos até Valença e lá pegamos um barco que nos levou ate lá, que na realidade tratava-se de uma ilha e muito bonita por sinal, ruas apertadas e toda de areia de praia, com muito recantos maravilhosos, e tinha um forte e lugares que caminhávamos com muitas paisagens lindas e povo baianos muito amistosos, apesar que havia muita mistura de gente.
Essa sou eu e jeguinho muito dócil de Morro de São Paulo 
Nós ficamos hospedados numa pousada chamada Timbalada uma ótima pousada, as comidas de Morro de São Paulo eram gostosas mais nada que agradasse ao gosto carioca e com isso nós íamos a cidade Valença comprar mantimentos e Oswaldo também resolveu fazer um cozido e o donos da pousada nos deram livre acesso a cozinha, até porque tinham poucos hospedes e também porque pegamos numa época de chuva.
Bom! passeando por Morro teve uma vez que fomos a um barzinho depois de ter caído uma pancada de chuva, este barzinho ficava na areia da praia e era meio alto, eu ao subir minhas pernas não tiveram forças para subir e eu acabei caindo de costa na areia que estava dura por causa da chuva, ao levantar eu senti uma coisa esquisita que não sei explicar, fiquei sentindo algo estranho por alguns minuto e depois passou, e continuamos nosso passeio por Morro ficamos lá quase uma semana, mas o local era lindo.
Este era o pôr do sol de Morro 

E Este era o forte de Morro 
No próprio Morro de São Paulo começaram a comentar quem não fosse até Itacaré não sabia o que estava perdendo, e lá fomos nós pra Itacaré, mas antes o Oswaldo ligou para Dona da pousada de Porto pra avisar que estamos vivos e que iríamos ficar mais um tempo fora. Bom! para chegar a Itacaré pegamos um ônibus quase caindo aos pedaços, porém uma viagem maravilhosa com paisagens belíssimas, chegando a rodoviária de Itacaré só tinha um táxi a disposição e caindo aos pedaços e mesmo assim nos levou até a pousada que era um pouco distante, mas depois vimos que dava pra caminhar até o centro.
Esta é a pousada que ficamos de frente pra praia.

Pelourinho (Salvador)
De lá fomos até salvador, ficamos um dia e voltamos direto para Porto Seguro,  ficamos mais uns dias e retornamos para casa, afinal já faziam 40 dias fora de casa. A saudade dos filhos, dos amigos, dos nossos bichos, e da comidinha carioca já era grande.
Voltando a nossa rotina de vida. Espírita como sempre fui, comecei a frequentar a casa de Ramatis, e lá não sei porque me disseram que fizesse yoga, não perguntei por quê e me inscrevi e comecei a fazer, estava até animada, quando eu e minha professora percebemos que não consegui fazer certos exercícios, os mais simples possíveis, como erguer os braços e ficar algum tempo erguido por pouco tempo eu arriava porque não tinha forças para sustentá-los e minha professora ainda me disse que eu fizesse um raio x para ver como estava o meu pulmão e como era fumante na época, fiz o raio x, mas não deu nada. Uma vez vindo de Maricá pra casa dirigindo por questão de segundos eu percebi ter visto a estrada em duplicidade mas não dei bola, numa segunda vez estava eu na estrada indo pra Maricá, quando de repente minha esquerda não obedecia o meu comando, tinha que pisar na embreagem e não conseguia, naquela hora sabia que não podia entrar em desespero se não seria pior. liguei o alerta, joguei a perna direita para a embreagem joguei em ponto morto, fui dando uns toque no freio e assim que me senti segura, coloquei a seta para o acostamento e consegui parar o carro, ainda esperei alguns minutos mas não tinha reação da perna esquerda, não tive outra alternativa e liguei para o Oswaldo (ainda bem que na época tinha celular) expliquei a situação e ele veio me buscar, quando chegamos em casa a perna já tinha voltado a receber meus comandos, eu mais do que ninguém não entendi nada e a vida continuou. Esta eu deitada numa noite quando de repente me deu uma falta de ar desesperadora quase que sufocante e lá fomos nós no meio da noite para a Clinica de Maricá e fiquei no balão de oxigênio depois fiz o raio x, e o médico disse não ter tido nada, mas que eu parasse de fumar.
Se tinha uma coisa que Oswaldo gostava muito era de música e dançar, ele era eclético, mas gostava muito de um pagodinho, e o Sérgio que trabalhava pra gente tinha uns parentes que também gostavam de um pagode e de cantar e tocar e com isso Oswaldo resolveu investir num grupo de pagode, inclusive eu fazia parte do grupo tocava o chocalho, Oswaldo ia no violão ou no atabaque.
Estava eu muito bem tocando quando meu braço começou a cansar e eu fui saindo ritmo (ainda bem que era ensaio lá em casa), saia pra descansar um pouco e depois voltava mas logo o braço cansava de novo, Oswaldo sem entender nada me perguntava o que estava acontecendo e eu não sabia o que responder, até que de tanto acontecer a mesma coisa eu acabei por pedir pra sair do grupo pois sabia que estava atrapalhando o bom andamento, para mim e o Oswaldo era distração e divertimento, mas para o restante era uma forma de ganhar dinheiro já que nos apresentávamos nos barezinhos de Maricá.
Eu continuei dando maior força ia para todas as apresentações do grupo, mesmo não sentindo mais nada não quis mais retornar ao grupo.
O Oswaldo como era químicoo da Petrobras, e nossa água era própria para consumo, ele resolveu fazer uma estação de tratamento de água dentro do quintal, a água final limpa que ia para as caixas ficava em um caixa d'água de 1000 litros e numa plataforma de cimento de mais ou menos 1/2 metro de altura e também ficava um pouco distante de casa. Quem normalmente fazia o tratamento e enchia as caixas era o Sérgio, mas Oswaldo me ensinou todo o procedimento desde o tratamento até jogar para as caixas, para acontecesse alguma coisa eu saberia como lidar e até mesmo tratamento da piscina eu sabia. E foi num belo domingo após o almoço eu e Oswaldo fomos dar uma descansada, já quase dormindo quando eu lembrei que ele tinha deixado a água já tratada e decantando e tinha que jogar para as caixas, ele já tinha dormido e eu levantei fui até o local de tratamento subi para ver a água e quando desci não senti firmeza nas pernas e meu corpo desceu como um macarrão mole, de uma forma bem estranha, não consegui e segurar em nada e ainda bati com a cabeça nas pedrinha que tinham em volta, e o pior que não conseguia levantar e o pior não conseguia erguer o tronco, fiquei deitada ali por alguns minutos, ainda tentei chamei pelo o Oswaldo, mas estava dormido e era um distante de casa e como se tratava de um domingo a tarde o vizinhos estavam recolhidos também, bom como muito sacrifício consegui pegar um galho de acerola e com toda força que me restava consegui erguer meu tronco, ou seja consegui ficar sentada, e fui me arrastando aos poucos pelo caminho e de vez em quando parava porque o cansaço era insuportável, gente acreditem se quiserem, mais minhas duas cadelas ficaram tão agoniadas ao me verem daquele jeito as duas tenham colocaram a boca nos meus punhos e braços e tentaram me ajudar, a outra quando não via que conseguia, ia até lá em casa latia para o Oswaldo e voltava ao meu encontro, mas Oswaldo quando dormia podia a casa cair na cabeça dele que não acordava, mas eu com todo custo consegui chegar até a sala e consegui colocar todo o meu corpo no sofá e ali fiquei por mais ou menos 1 hora, e depois consegui levantar normalmente como se nada tivesse acontecido, fui até o banheiro troquei de roupa e dei uma boa cochilada.
Minhas cadelinhas Madona e Capitu com o filho mais novo do Oswaldo.

                                         Madona



Capitú


              
Assim que Oswaldo acordou eu comentei com ele e no dia seguinte estávamos na clínica de Maricá e fiz todos exames necessários e não deu nada, e nada também por mais algum tempo não senti.
Chegou mês de dezembro e as coisas transcorria normalmente, naquele ano só o meu filho e os outros dois filho do Oswaldo passaram com a gente.
E eu estava particularmente feliz porque minha prima Graça iria com suas três filhas, uma sendo minha afilhada, passar o Revellion comigo e foi no ano de 2000 para 2001. eu já preparado com a minha secretária algumas coisas de véspera e deixei outras pra fazer no dia seguinte. Oswaldo era muito pessoa que gostava de ver a mesa farta, não podia faltar. No dia 31 de dezembro de 2000 o movimento lá em casa já começou cedo, eu fazendo as coisas dentro de casa e Oswaldo com os afazeres fora de casa junto com o meu filho, cuidando de todo o quintal, enfeitando a piscina, enfim os dois bem ocupados. A tarde comecei fritando as rabanadas, mas sabe quando você percebe que algo dentro de você não está legal? Pois é era assim que estava me sentindo, bom estava eu muito bem fritando as rabanadas quando de repente meu pescoço caiu, é isso mesmo eu não consegui manter minha cabeça firme acima do pescoço, coisa estranhíssima, eu simplesmente esperei aquela leva de rabanadas acabar de fritar desliguei o fogo e fui para o quarto me deitar, estiquei todo o meu corpo na cama sem o travesseiro fiquei assim por meia hora mais ou menos e depois levantei já bem melhor, voltei pra cozinha e continuei fritando as rabanadas, passados meia hora de novo o pescoço caiu e fiz o mesmo procedimento e foi desta maneira que consegui fritar todas as rabanadas indo e vindo, quando terminei todas e não tinha mais nada pra fazer dei um jeito na cozinha fui para o quarto dei um cochilada de 1 hora mais ou menos e quando acorde não estava sentindo mais nada, tomei um banho me arrumei, e minhas primas chegaram.
Minhas primas Graça, minha afilhada Patrícia, Carol e Nívea 
Elas ainda me ajudaram uns doces que foram encomendados em uma travessa. A noite vem caindo chegou o pessoal do pagode e começou a agitação, Oswaldo gostava mesmo era de bagunça e barulho.

Essa era uma das mesas que preparei 
Mas eu vinha percebendo de novo que algo de errado estava acontecendo comigo, estava me sentindo muito estranha e não conseguia explicar nem para mim mesma que dirá para os outros. E notei também que minhas primas não estavam muito a vontade e por outro lado o Oswaldo me solicitava muito. Minhas primas jantaram e logo depois da virada do ano elas se recolheram e a Graça disse que iria embora cedo na manhã seguinte porque o Nelson marido dela estava sozinho, mas percebi que elas estavam sem jeito porque não estavam acostumadas com aquele tipo de bagunça e que pagode não era o forte delas. A turma do pagode ainda ficou até uma hora da manhã e depois foram embora e Oswaldo ainda quis ir visitar os vizinhos que não lá em casa, nesta altura já estava me sentindo mais esquisita do que nunca mais parecia um robô andando, como o Oswaldo não percebeu também não falei nada porque eu mesma não estava me entendendo. Finalmente ele resolveu ir pra casa, como onde morávamos ninguém mexia em nada deixamos tudo como estava, Oswaldo caiu na cama e dormiu direto, eu ainda tomei uma ducha meia que desequilibrada mas tomei, e consegui me deitar. No dia seguinte era mais ou menos umas 8 horas da manhã a Graça deu uma batidinha na janela eu levantei logo, abri a porta e fui fazer um café e já colocar a mesa, mas minha prima disse que estava com pressa e só tive tempo de arrumar algumas coisinhas pra elas levarem. Foi o 1º de janeiro de 2001 chuvoso, peguei o carro e deixei elas na rodoviária, voltei coloquei o carro na garagem, o portão ficou aberto mesmo, me deitei na cama e voltei a dormir até meio dia, levantei dei um jeito na casa, limpei o grosso, e tudo continuou normal e aí eu pergunto: cadê aquelas coisas ruins que estava sentindo?
Passado mais ou menos um mês, como de hábito nos finais de semana estávamos sempre inventando algo, ou em casa ou em qualquer vizinho e foi numa noite de sábado fomos para casa de uma amiga vizinha jogar buraco e jogávamos madrugada adentro. Quando fui ao banheiro que tentei levantar do vaso sanitário não tinha forças nas pernas e como o banheiro ficava um pouco distante da varanda e com música tocando ficaria difícil alguém ouvir eu chamar, eu simplesmente deslizei meu corpo vaso abaixo consegui ficar de joelhos, mas com muito equilíbrio suspendi a calcinha e fui me arrastando até a porta do banheiro, consegui abrir a porta e me arrastei até a sala e comecei a chamar por todos até que me ouviram, me levantaram me colocaram no sofá e o Oswaldo muito nervoso me perguntando o que tinha acontecido, e o que dizer se nem eu mesma sabia, eu só sabia sim chorar, pois ali naquele momento bateu uma tristeza muito forte sabia que algo de muito estranho estava acontecendo comigo. Essa nossa amiga Hilda que era Enfermeira chefe do Hospital Miguel Couto falou para o Oswaldo que me levasse num neurologista. Depois de ter um bom tempo descansando naquele sofá, parei de chorar e consegui levantar normalmente, e fomos para casa. No dia seguinte fomos a Clínica de Marica a procura de um neurologista, o neurologista era um senhor de idade, e sem pedir nenhum exame disse que eu estava com depressão e receitou um anti depressivo dos mais caros na época, no segundo dia de comprimido a coisa piorou, não conseguia pegar nada acima do armário, um cansaço sem explicação parecia que estava arrastando duas bolas chumbo presa aos pés, eu começava a comer e tinha uma hora que não conseguia fechar a boca, ficava um tempo quieta e voltava mastigar normalmente, parei de tomar o remédio e dois dias depois não estava sentindo mais nada, voltei a ficar normal como se nada tivesse acontecido. Até que numa bela manhã eu acordei com olho esquerdo literalmente fechado, nós achamos que poderia ter sido pelo o inseticida que colocamos no quarto e me deu uma reação alérgica e de novo fomos para Clínica de Maricá atrás de um oftalmo logista e dessa vez dei sorte porque o médico era professor da UFRJ, ele me examinou e depois nos disse que eu estava muito bem na parte ocular, mas que eu procurasse um neurologista mas que não fosse ali em Maricá e sim um bom neurologista no Rio de Janeiro, pois ele suspeitava de miastenia graves, eu muito assustada sem nunca ter ouvido falar naquele nome e só perguntei: Tem cura? ele disse não, perguntei: ela mata? ele respondeu não, porém maltrata. A partir daí comecei a sentir todos os sintomas de uma vez só, inclusive os que eu ainda não tinha tido como por exemplo a dificuldade de pentear cabelo e escovar dente, e o Oswaldo carinhosamente fazia isso por mim. Foi quando ele comentou que ia para de pagar a Clínica de Maricá e entrar num plano de saúde (pois nesta época por ainda estar casada com o Beto no papel não tinha direito ao plano da Petros e era uma coisa que ele reclamava muito por eu ainda não ter agido o divorcio), finalmente consegui entrar para um plano de saúde, mas até encontrar um corretor com um plano de saúde e tempo de carência, eu sofri bastante, minha voz ficava anasalada quando começava falar muito, quando fazia alguma coisa a mais tipo limpar a casa já ficava toda torta, quando queria fazer xixi fazia em pé no box, outra necessidade Oswaldo me colocava no vaso e depois me suspendia, ainda bem que naquela época eu era magrinha kkkkkkkkkkk. Oswaldo sentiu muito também porque eu não conseguia mais dançar, teve uma vez que até tentamos na sala de casa, eu dei uma rodopiada e assim que ele me largou fui direto ao chão. Mas quando ele tinha vontade de dançar ele me vestia, me pegava no colo, colocava no carro e quando chegávamos a danceteria de novo me pegava no colo me colocava numa cadeira e ele ia dançar com tudo que era mulher e eu só ficava ali beliscando alguma coisa, de vez em quando ele vinha e me dava um beijo, e as pessoas até comentavam porque viam ele comigo no colo, e quando já estava cansado querendo ir embora, pedia uma ou duas pessoas que ajudassem a me colocar no carro e íamos pra casa e normalmente o Naldo meu filho já estava em casa e ajudava o tio a me colocar na cama, com todo o o carinho trocava minha roupa me dava água, um beijo, uma boa noite e caía no sono, sempre achei esse carinho dele muito bonito.
Assim que venceu a carência do plano fomos a um neurologista que ficava em Vila Isabel, Rio de Janeiro, Dr. Luiz Paulo (excelente neuro) , ele me pediu uma bateria de exames, tomografia, licor (líquido da medula), eletro neurografia e foi onde saiu o diagnóstico Miastenia Graves. Dr. Luiz Paulo nos explicou muito bem o que seria a MG (assim conhecida por nós miastênicos) e me receitou o remédio mestinon, o primeiro comprimido que tomei caiu como um bálsamo parecia estar revivendo podendo fazer tudo que fazia antes, mas com um ano os sintomas voltaram a aparecer, fomos no Dr Luiz Paulo e este pediu que eu fosse numa endocrinologista que me pediu uma série de exames e quando soube que era miastênica fez contato com o Dr Luiz Paulo e os dois em comum acordo receitaram cortisona e passei a tomar também o Purant 25mcg, com a cortisona realmente me deu uma boa levantada. Mas não demorou muito eu comecei a sentir umas dores do lado esquerdo do ventre e fui procurar um ginecologista e este me pediu uma série de exames, inclusive cintilografia óssea, ele chegou a falar para o Oswaldo que iria procurar um possível câncer, e não me falou nada só disse para o meu irmão. Mas com a graça de Deus não deu nada, apenas uma endometriose e que uma pequena cirurgia resolveria o problema, eu iria tirar um pedaço do ovário esquerdo, mas depois ele se reconstituiria, e assim me preparei para cirurgia, ela em si foi tranquila sai bem dela, o problema foi a miastenia, eu simplesmente fiquei que um macarrão cozido, pra me clocar na cama foi complicado, o Oswaldo quando me viu naquele estado ligou logo para o meu neurologista e o Dr, Luiz Paulo no nervoso ainda deu uma bronca nele, mas nós entendemos,e ficamos sabendo que eu não podia ter feito uma cirurgia sem falar com ele, pois teria que ter feito um plamaferése antes da cirurgia, mas ele por telefone aumentou a dose da cortisona e do mestinon e aos poucos fui melhorando, mas mesmo assim sai do hospital em cadeira de roda e fui pra casa assim, em casa o Oswaldo não sabia o que fazer pra me agradar, ainda bem que tinha pessoa em casa para nos ajudar, mas mesmo assim fazia questão de fazer minha comida, procurava comprar as coisas que eu mais gostava, como por exemplo rã, ervilha fresca, entre outras coisas, ele dava o meu banho, enfim foi de uma dedicação sem tamanho, até que aos poucos fui melhorando, me recuperei da cirurgia e a miastenia tinha se equilibrado voltamos a vida normal.
No dia 17 de outubro de 2002 estava eu e Oswaldo muito bem em casa estávamos vendo televisão a noite quando o chamaram na frente de casa e eu fui pra cozinha terminar o jantar, quando de repente eu olho pra sala e só vejo Oswaldo entrando com um resolver apontado para cabeça dele e mais três homens atrás dele e me mandaram ir para o quarto, amarraram o Oswaldo que nem um porco e o colocaram de cabeça para baixo e queriam me amarrar também, então eu disse ter uma doença grave e eles me pouparam, mas faziam ameaças ao Oswaldo o tempo todo e queriam jóias e dolares e falando que iam matar o Oswaldo, colocaram no carro tudo o que puderam, se o caminhãozinho não estivesse no conserto teriam levado a casa toda, mas encheram o meu carro de coisas, pediram cartão de cartão de banco, cheque, enfim tudo, levaram todos os celulares e o telefone fixo, e disseram mais uma vez que iam matar o Oswaldo, foi quando eu me ajoelhei aos pés do bando e chorando pedi que não fizesse isso pois eu era uma pessoa doente e dependia dele, acho que por pena eles desistiram, mas garantiram que se o nº da senha do cartão estivesse errado eles voltariam e não teria perdão, eles levaram também todas as chaves. Quando senti que tinham ido embora consegui desamarrar o Oswaldo e fomos pra sala e lá ficamos um bom tempo sem um falar com o outro, não sei o que se passava na minha cabeça e muito menos na dele até que eu lembrei que tinha esquecido de dar as letras da senha do cartão e corri pra janela da cozinha que dava para o lada da casa do vizinho, era um pouco distante, mas comecei a gritar, onde eu encontrei forças não sei, Oswaldo confinou estático na sala, até que o vizinho ouviu e veio com um monte de gente, todos vizinho isso eram uma 22 hs, as nossas cadelas os bandidos tinham pedido para colocar no canil, o vizinhos começaram a vasculhar a área e encontraram alguns CDs e a chave da casa, deixaram cair naturalmente e com isso abriram a porta, agora eu pergunto: Pra quê "suposto" segurança, casa toda gradeada, espingarda em casa contra minha vontade, se quando se deu o assalto de nada adiantou? Eu tive que dar uma sacolejada no Oswaldo para voltar a realidade, e disse pra ele que iríamos dormir na rua, mas que naquela casa eu não voltaria mais, e fomos pra casa de um dos vizinhos. Passamos praticamente o dia em claro e logo que amanheceu o nosso vizinho nos levou até a delegacia e fizemos a ocorrência e logo voltamos passamos na casa do caseiro e ele veio no carro com a gente e fomos na casa da minha secretária e também veio com a gente, os dois de muita confianças e inclusive tinham as chaves, Oswaldo passou as instruções para o caseiro e eu passei pra ela, pedi que tirasse tudo que fosse alimento tanto como cozido como cru, que levasse tudo e dividisse com o Sérgio e que deixasse geladeira e freezer limpos, desligados e abertos e fizesse uma boa faxina na casa e que depois pegaria a chave com ela, pois não saberia quando voltaria. A nossa sorte que o Oswaldo tinha o cartão dele e o meu tinha dado para os bandidos, pudemos sacar dinheiro para pagar os empregados e ficar com algum, e dali partimos para casa da mãe do Oswaldo aqui no Grajaú para dar uma esfriada na cabeça e pensar o que iríamos fazer dali pra frente já que eu não queria voltar pra aquela casa.

O amigo do Oswaldo sugeriu que fossemos morar na casa dele de veraneio que ficava no centro de Maricá e assim ficaríamos mais peto de nossa casa e poder administrar melhor até vender, e como nós os casais nos dávamos bem, e ele só iam pra lá de 15 em 15 dias, nós aceitamos, tiramos algumas coisas de nossa casa já que eles tinham muita coisa na casa. E assim recomeçamos nossas vidas em Maricá, e com a cabeça mais fria e poder resolver tudo com muita calma.Aos pouco fomos desfazendo do nossos bichos, nossas cadelinhas como não podiam ficar na casa onde estávamos porque não tinha espaço, nós demos para um família que adoravam elas e elas também se davam muito bem com eles, e as duas continuaram juntas, pois eram muito unidas;

A venda da casa estava um pouco difícil por ser final de ano, época de muita especulação por um imóvel na área litorânea, decidimos esperar passar essa época, natal. amo novo e carnaval. E tentamos levar nossas vidas normalmente.
No dia 14 de dezembro era aniversário do filho mais novo do Oswaldo, Luiz Eduardo, era um sábado, nós viemos para Rio, ele foi pra festinha do filho. A mãe do Luiz Eduardo Silvana gostava ainda do Oswaldo como homem, no começo do nosso namoro Luiz Eduardo me chamava de bruxa, e depois passou me chamar de tia,  e quanto a Silvana eu estava conquistando aos poucos, já estávamos nos falando bem pelo telefone, só faltava ela ir lá em casa para nos conhecermos pessoalmente, ela inclusive gostava muito do Naldo por tratar bem o filho dela e Luiz Eduardo também gostava muito do Naldinho como ele chamava. Eu sempre fui uma pessoa de não prender homem, tinha sim meus ciúmes saudáveis, mas nada que deixasse insegura. Eu sempre usei da filosofia que ele mesmo me disse em 1977. E assim me tornei uma pessoa segura com o meu relacionamento, e ele era do tipo de pessoa que ame ou odeie, pois não escondia nada por pior que fosse, sempre a verdade.
Mas voltando ao aniversário do Luiz Eduardo ele foi para festinha e eu vim para casa da minha mãe, até porque minha cunhada estava grávida preste a ter o Paulo Matheus, e eu estava com saudades de todos aqui. Daqui liguei para Silvana dar o parabéns ao Luiz Eduardo, ela ainda disse que eu deveria ter ido, eu ainda comentei que ano que vem iria, depois que nos conhecemos melhor.
A casa da minha mãe estava cheia porque os pais da minha cunhada estavam aqui, eles são do sul.
Depois do almoço quando pensei que iria sentar e colocar as conversas em dia, minha cunhada começou a passar mal para ter o bebê, e olha que ela tinha comido muito, mas foi para hospital assim mesmo, ela acabou de almoçar eram 14 horas da tarde, e as 18 horas Paulo Matheus nasceu, no mesmo dia de Luiz Eduardo, eu fui até o hospital e vi meu sobrinho, um bebê muito branquinho mais muito bonitinho, minha cunhada passou mal já que ela tinha almoçado bem e foi cesariana  porque não tinha passagem.
Por volta das 23 horas Oswaldo passou aqui e fomos para o aptº de Jacarepaguá e no dia seguinte Maricá.
A semana transcorria bem, Silvana tinha ligado para o Oswaldo, e ainda ouvi ele comentando com ela que não fosse de carro para o trabalho na sexta-feira por causa do movimento na estrada devido ao natal. Silvana trabalhava na casa da moeda em Itaguaí era chão.
Oswaldo veio falar comigo que ela estava querendo ir de carro para poder trazer a cesta de natal e isso foi numa quarta-feira.
Na sexta-feira dia 20 de dezembro de 2002 as 8 horas da manhã o celular tocou e eu atendi, era uma amiga da Silvana querendo falar com o Oswaldo, eu só ouvi ele perguntar em que hospital ela estava, quando desligou o celular e disse que tínhamos que ir para Rio pois Silvana tinha sofrido um grave acidente na estrada e estava em coma e o9s pais dela e Luiz Eduardo ainda não sabiam. Se tem uma coisa que mexe com a miastenia é o emocional, fomos para Ilha do Governador onde eles moravam, inclusive João e Fátima o casal da casa de Maricá, e foi lá que o Oswaldo me  deixou, inclusive o João teve que subir as escadas comigo no colo, pois minhas pernas já estava mole. E Oswaldo foi para casa dos avós do Luiz Eduardo e eu fique com João e Fátima. Quando foi a noite Oswaldo chegou muito abatido e triste dizendo que Silvana só esperou ele chegar no hospital para falecer, Oswaldo não derramou uma lágrima, eu é que chorei muito, ainda liguei para o meu irmão e dá a notícia. O João não entendeu nada o fato de eu estar chorando, já que ela gostava dele como homem, mas foi o que eu falei pra ele na época, que em primeiro lugar me veio a cabeça a minha prima que tinha falecido tão nova e deixou uma filha pequena pra criar, em segundo lugar é que eu já estava me aproximando dela, e que não era necessário ninguém morrer para ter segurança no meu casamento, pois o nosso relacionamento tinha como base muito respeito e muita verdade. Nunca precisei de artimanhas para segurar meu casamento, se ele estava  comigo é porque queria.
No dia seguinte dia 21/12/2002, ironicamente uma semana depois da festinha do Luiz Eduardo, sua mãe estava sendo enterrada, Muito triste.
Não sei se já comentei aqui, mas se já vou comentar de novo porque foram episódios que marcaram muito, como se fosse aviso ou premunição.sei lá. Morando ainda em nossa casa em Maricá eu deitada em minha cama eu olhava para o teto e a imagem de Nossa Senhora me olhando muito triste, e eu vi essa imagem por diversas vezes isso aconteceu antes do assalto. Já morando na casa do João e Fátima antes da Silvana falecer eu tive um sonho tão forte quase que real, no sonho eu estava no colo da minha prima, na mesma posição que Jesus no colo de Maria, era na varanda daqui de casa, era noite, e eu sentia apenas todos os meus entes queridos falecidos estavam em volta, e sentia também que meu pai estava na sala da casa, e o pai do Oswaldo esse vi nitidamente, ele estava do lado de fora do portão com um molho de chave na mão balançando pra mim, como quem diz: ele agora está no meu controle, ele não me disse isso, mas foi o que eu ouvi. e a minha prima me dizia que era pata eu ter muita força, pois eu ia precisar muito, mas que todos estariam comigo, e ela repetiu essas palavras por diversas vezes até eu acordar, acordei chorando muito e comentei com o Oswaldo, ele fez de um tudo para acalmar, mandou que fizesse uma oração para ela que talvez fosse isso que estava precisando.
Mas voltando o acontecido com a Silvana, faleceu uma semana após o aniversário do Luis Eduardo e quatro dias da véspera do natal. Foi um natal e uma passagem de ano 2002/2003 muito triste, Luis Eduardo foi lá pra casa, Naldo ainda tentou animá-lo João e Fátima tentou nos animar mas não teve jeito, estava tudo muito recente, tanto no natal como no ano novo só esperamos passar os horários da ceia e da comemoração da passagem de ano e  fomos dormir.


No dia 02 de janeiro João que veio para Rio deixou o Naldo num bom local onde pudesse pegar um ônibus e ir para casa e Luis Eduardo ele deixou em casa já que morava na Ilha também.
E devagarinho fomos tentando levar a vida normalmente, e com o  acontecido decidimos que iríamos comprar um apartamento na Ilha do Governador e ficar com o Luis Eduardo. Ele resolveu parar de fumar e beber, o que achei ótimo, mas na realidade o que ele vinha sentindo era dor de cabeça e não me falou nada para não me preocupar, pois a coisa mais difícil era ele sentir dor de cabeça, e não aguentando mais sentir as dores calado resolveu me falar e pediu um analgésico, que fora uma coisa inédita em todo tempo de nosso relacionamento, o que realmente me preocupou, ainda comentei com ele que deveríamos procurar, ele disse ser por causa de tudo que passamos em pouco tempo mas que ia passar.
Oswaldo era tipo de pessoa, que bebia e não ficava bêbado, fumava, e comia o que queria a qualquer hora do dia ou da noite, e todo ano fazia o exame periódico exigido pela Petrobras mesmo estando aposentado, e sempre os exames saiam com resultados excelentes, as taxas todas dentro do normal, e a sua pressão sempre 12/8. O que me deixava um pouco mais tranquila, e acabei concordando com ele, porque o estresse dos últimos meses foi grande.
Numa quinta-feira ainda no mês de janeiro João e Fátima foram passar o final de semana lá, Oswaldo muito pra baixo, João ainda brincou com ele, perdi meu amigo de bebida? Oswaldo ainda brincou um pouco ele e depois se recolheu e foi dormir, eu comentei com eles que vinha sentindo dores de cabeça, fiquei mais um pouco também ali com eles e depois fui também para o quarto, quando entrei Oswaldo já estava dormindo.
Na madrugada de sexta-feira as 5 horas da manhã eu acordei com o Oswaldo me chamando quase que chorando dizendo que queria um analgésico porque estava com muita dor de cabeça, eu como sei medir pressão e tenho o aparelho analógico, na mesma hora eu medi a pressão dele e deu 18/12, fiquei apavorada, dei um dos meus remédios s.o.s da pressão e corri no quarto da Fátima e do João, acordei os dois expliquei a situação, e na mesma hora eles pularam da cama, e eu não sei porque mas tive a nítida impressão que para aquela casa eu não mais voltaria, e a história se repetiu, chamei a moça que trabalhava para mim e que mirava na mesma rua, pedi que limpasse tudo de dentro dos armários, geladeira e freezer e que levasse tudo pra ela e que depois de limpo deixasse tudo aberto, que no final fechasse a casa que depois a Fátima pegava a chave com ela. Deixamos aos cuidados da casa e partimos para Rio, João nos deixou no Hospital dos Italianos que fica no Grajaú mesmo. O médico examinou o Oswaldo todo e um raio x da cabeça e assim ele fez, mas não deu nada, e o médico disse que tudo que estava sentindo era por abstinência do cigarro e o liberou, dali fomos para casa da mãe dele. Eu não conformada com o diagnóstico do médico disse para o Oswaldo que deveríamos ficar no Rio e segunda-feira ir no Dr. Paulo, meu neurologista, para ele dá uma avaliada no quadro e como ele concordou ficamos na casa da mãe. Nesta sexta-feira correu tudo bem, eu havia trazido o emu aparelho de pressão e de vez em quando media pressão dele, e sempre normal.
No andar onde a mãe del morava, de frente para o apartamento dela morava a Ângela, irmã do Oswaldo e o cunhado era médico.
No sábado quente de janeiro, um dia lindo lá fora, acordamos bem, eu e Oswaldo fomos no mercado, e ele reclamando um pouco da dor de cabeça e tomando analgésico, chegando em casa eu fiz o almoço e resolvi fazer um pudim de leite condensado que ele gostava muito, D. Zilá me deixava super a vontade na casa dela, bom! depois do almoço Oswaldo foi para o quarto descansar, ligou o ar condicionado e fechou a porta, D. Zilá também deu seu cochilo, e eu como gosto de lavar a louça primeiro e deixar tudo limpinho pra depois descansar, e assim fiz, arrumei a cozinha toda, desenformei o pudim cobri e fui me deitar um pouco, quando abri a porta do quarto Oswaldo estava todo roxo e os olhos esbugalhados, na mesma hora sai gritando pelo Valdo e a Ângela, a sorte é que os dois estavam em casa, na mesma hora eles vieram e Valdo como médico e Ângela com noções, começaram a impulsionar o coração e a irmã fazendo respiração boca a boca, logo voltou a si e quando voltou teve um convulsão e nisso eu já sai chorando para parte de trás da casa e rezando para todos os santos, uma imagem que não desejo ao meu pior inimigo, até que Ângela me chamou me abraçou e me disse que eu me acalmasse e que fosse forte porque seja lá o que for que ele iria precisar muito de mim por perto dele e perceber que eu estava segurando a onda e o que não podia acontecer era miastenia da sinal. Entrei no quarto e vi o Oswaldo meio abobalhado, chamamos a ambulância e levamos para os Italianos, Valdo foi com ele que era médico e nós ficamos aguardando, logo depois ele retornou do hospital dizendo que não era nada do coração, eu ainda dei graças a Deus (mas antes fosse), e disse também que iria ficar lá e que iam levá-lo para fazer uma tomografia da cabeça, na mesma hora me arrumei e fui pra lá. Quando cheguei ele estava na emergência aguardando a ambulância, e ainda estava meio abobalhado. A ambulância chegou e fomos para uma clínica em Laranjeiras, que por sinal eu já tinha sido internada lá, Oswaldo fez a tomografia, ficamos o exame ficar pronto e voltamos, mas o que tinha lido no relatório não tinha gostado muito, chegando no hospital entreguei nas mãos do médico plantonista e na mesma hora fizeram a internação dele, e o médico veio me falar que um neurologista já estava a caminho para conversar comigo. E não demorou muito ele chegou e me disse que ele precisaria ir para o CTI pois estava com um tumor no cérebro, mas que eu não apavorasse que poderia ser benigno e fiquei esperando a transferência para o CTI, chegando lá fiquei um tempo com ele e disse que ia fazer a transferência para outro local porque não gostado das do local e das instalações, só para vocês terem uma ideia ele foi pra lá (parte de cima) por maqueiros porque o elevador estava quebrado, eu acho um desrespeito certas coisas estarem quebradas num hospital, e não era desde aquele dia, já tinha dias, assim disse o maqueiro.
Voltei pra casa da D. Zilá peguei o livro da Petros e comecei a ligar para todos os hospitais, à princípio atrás de vaga no CTI, a noite já me sentindo exausta D. Zilá veio me pedindo para parar comer alguma coisa e descansar pois todos precisavam de mim em forma, o medo dela era que caísse miastenicamente por causa da exaustão, e ela tinha razão, naquele momento só eu tinha condições de fazer alguma coisa pelo o Oswaldo já que todos estudavam ou trabalhavam, e os filhos ainda não tinham o tino para determinadas coisas. Tomei um banho, comi alguma coisa e fui me deitar, deitei no sofá da sala mesmo e logo adormeci de tanto cansaço. No dia seguinte mal o dia clareou já estava eu de pé fazendo café, e assim que terminei escovei meus dentes tomei um gole e café e já me pendurei no telefone, dona Zilá quando acordou é que fez um café reforçado pra mim. "Uma coisa muito interessante aconteceu, não pergunte como, porque não saberei explicar, tem coisas que temos que deixar nas mãos Divina". Estava eu no telefone ligando pra ali e aqui quando de repente um senhor do outro lado da linha, o que não me pareceu linha cruzada" me disse que estava ouvindo minha conversa e percebeu o meu desespero, pediu que eu levasse o meu marido para a emergência do Copa D'or, hospital de referência no Rio e caro, mas o plano cobria, mas este senhor disse pra eu levar e que ele estaria me esperando e ainda me disse como estaria vestido, na mesma hora fui para o hospital, assinei a transferência paguei uma ambulância e fui para o Copa D'ore chegando lá veio um senhor com as vestes que ele tinha me dito, me recebeu com muito carinho e o encaminhou para emergência, veio um neuro cirurgião nos atender e encaminhou o Oswaldo pata uma nona tomografia e nisso eu voltei para a emergência para agradecer a essa pessoa mais tinha sumido literalmente e nem o nome dele eu consegui pegar. Nisso o Dr. Celestino o neurocirurgião veio ao meu  encontro dizendo que ainda iam fazer uma bateria de exames nele e que iria demorar, e que eu fosse pra casa descansar até porque era notório o cansaço no meu rosto e o médico ainda falou que ia precisar de mim em forma e que eu fosse pra casa que estava tudo no controle e eu me sentindo realmente cansada sai de lá e fui pra minha mãe, mas mal coloquei o pé em casa Dr Celestino me ligou dizendo que Oswaldo iria ser operado na quarta-feira próxima, na mesma hora liguei para Ângela irmã dele expliquei a situação e pedi que acompanhasse a operação ma quarta-feira, porque além  de  não estar em condições físicas, já estava emocionalmente abalada para acompanhar uma cirurgia, ela graças a Deus concordou, mas mesmo assim estive lá na segunda e terça-feira. Na quarta-feira eu fiquei m casa ligada na hora da cirurgia, nem almocei até a Ângela me ligar e avisar que correu tudo bem, e que dali ele iria para o CTI o que é normal, fpi quando eu consegui dar uma relaxada, me alimentei e fui dormir. Por uns dois dias ele ficou no CTI eu ia visitá-lo e voltava. Quando ele passou para o quarto eu ficava o dia inteiro com e ele e a noite voltava pra casa, até que um dia quando cheguei de manhã a enfermeira chefe veio falar comigo, que ele tinha ido tomar banho sozinho caiu no box, tiveram que fazer uma tomografia da cabeça mas que estava tudo bem , mas que ele não poderia ficar sozinho, era muito levado e teria que alguém ficar 24 horas com ele . Peguei um documento com o hospital dando os motivos, fui direto na Petrobrás e na mesma hora me deram o direito de um acompanhante 24 horas, à partir daí passei a ficar com ele,  arrumei uma malinha de roupa e fui me instalar no Copa D'or que mais parecia um hotel, o acompanhante tinha o direito ao café da manhã que mais parecia um café da manhã de um hotel de cinco estrelas, o que para mim foi muito confortante e restaurador devido a miastenia, pois minha preocupação era constante em eu cair com ela e não ter ninguém para ficar com ele. Depois de 3 dias de quarto teve alta e fomos para casa da mãe dele. Operação bem sucedida, Oswaldo era uma pessoa muito forte. Ficamos aguardando o resultado da biopsia. E assim fomos ficado na mãe dele, e fomos levando uma vida normal, sempre juntos.  Passado un dois meses o laudo ainda não tinha saído, já tinha ido para Estados Unidos para a análise, pois ninguém descobria, o voltou a sentir dores de cabeça, procuramos o neuro cirurgião, fez nova tomografia, e o tumor tinha voltado, e tudo se repetiu, operação pela segunda vez, CTI, quarto e de volta pra casa, mas uma vez resistiu bravamente. Passado uns dez vinte dias da operação, o Dr. Celestino ligou para o Oswaldo pedindo que fosse ao consultório dele, e logo ele me falou que pelo tom de voz que a notícia não era boa, e lá fomos. Oswaldo sempre gostou da verdade por pior que fosse e foi logo dizendo isso para o médico, mediante a isso ele foi logo falando que se tratava de um câncer muito agressivo chamado gliobastoma e que numa escala de 1 a 5 ele era o quinto e com isso ele só teria mais um ano de vida. Saímos dali sem um falar com o outro, pegamos táxi viemos para casa da minha mãe, pedimos minha cunha da que deixássemos ficar no quarto dela, ele ligou pra mãe e avisou que iria almoçar na minha mãe, e ficamos no quarto sem um falar com o outro deitados na cama e literalmente olhando para o teto cada um com seus pensamentos, e assim ficamos o dia inteiro. Quando meu irmão chegou do trabalho foi que nos levantamos, comunicamos a minha família e logo depois ele ligou pra família dele pedindo para reunir todos, filhos, primos , irmã, cunhado, mãe todos na casa da mãe dele, pedoiu que ficasse com minha mãe e partiu pra lá. Assim como na minha família, caiu como uma bomba a família dle também., meu irmão passou a tomar calmante.  Oswaldo refeito da notícia resolveu todos os problema pendentes, como fazer o meu divorcio que ainda era casada com o ex marido., vender o caminhão que tínhamos e abrir uma poupança só pra mim 
Resolveu que iríamos alugar um apartamento aqui pelo Grajaú mesmo, perto da família dele e da minha. Em 6 dias estávamos voltando a casa de Maricá para fazer a mudança, foi quando soubemos que a casa tinha sido arrombada de novo, mas que os vizinhos avisaram logo a polícia, mas mexeu com a gente. Enfim pegamos todos os móveis e depois passamos na casa dos nossos amigos onde ficamos por um tempo pra pegar o que tinha de móvel lá, eu sei que o apartamento alugado era de dois quartos, uma sala pequena. A sala, a cozinha, o nosso quarto conseguimos arrumar direito, mas o quarto do meio mais parecia um depósito de móveis.
A mãe dele não gostou muito da mudança, achou que eu tinha feito a cabeça dele pra sair da casa dela, mas na realidade quem quis mesmo foi ele, queria nossa liberdade  e  se   sentir  em casa e até porque como deixou filhos, depois que eele fechasse os olhos eu não poderia entrar na casa de Maricá para pegar mais nada.
Oswaldo era muito certo e correto e tinha uma preocupação muito grande comigo.
Ele era uma pessoa cética, passamos percorrer todos os Centros Espíritas inclusive o Lar Frei Luis que é um grande Centro Espírita aqui no Rio de Janeiro tem até hospital, e ele fez diversas operações espirituais.


Ele tinha uma coisa de muito bom o que me ajudava muito a levar esse tranco, o astral, estava sempre sorrindo, adorava tocar violão e de vez em quando tocava pra gente ouvir, sempre mantendo a calma e a minha e de meus familiares também, já que ele muito querido por minha família.

                      Ele, meu irmão e sobrinhos


Mas apesar da calma dele, já estava bem dependente de mim, principalmente por causa dos remédios que tinha horários e ele já não se preocupava com isso porque sabia que eu não ia deixar falhar, cheguei fazer um cromograma de horários e colocava o despertador para despertar nos horários certos. Nessas alturas Oswaldo voltou a sentir dores de cabeça e isso me assustava um pouco porque sabia que vinha acompanhada de convulsões mesmo com os remédios. Voltamos ao Dr. Celestino neuro cirurgião, e de novo fez uma tomografia, e o Dr. Celestino veio com pior notícia, dizendo que não tinha mais como operar, pois já pegaria uma região que provavelmente deixaria sequelas sérias, Oswaldo decidiu por não fazer, pois segundo ele dentro de seu astral queria morrer sorrindo. Sei que à partir daí, as convulsões foram mais constantes, e numa dessas vezes ele teve as 4 horas da manhã, e foi um poucos mais forte, coisas antes não acontecido começaram a acontecer, como  por exemplo, voltou da convulsão todo borrado, urinado e teve um pequeno sangramento pelo nariz, eu liguei para o meu irmão que morava perto, e enquanto isso consegui pegar o Oswaldo levar para o banheiro, sentei ele no vaso sanitário e dei um bom banho nele (me pergunto Deus me colocou no coloco e me deu forças, sem deixar que a miastenia aparecesse), deixei-o bem limpinho e já tinha ligado para ambulância e enquanto isso dei uma boa lavada no banheiro, o lençol do quarto joguei fora e dei uma boa limpeza do colchão, e nisso chegou a ambulância e o meu irmão e caminho do hospital, sempre ficava internado para reajuste de remédios. Bessa altura do campeonato já estava me sentindo mais cansada, pois dormir já não dormia direito, principalmente quando dizia que estava com dor de cabeça. Quando ele voltou do hospital tive que conversar com ele sobre em voltar pra casa da mãe dele, já que lá teria mais gente para me ajudar, sem falar que o cunhado médico morava no aptº em frente a D. Zila, e ele concordou na mesma hora. A mãe do Oswaldo nessas alturas já não estava muito bem da cabeça, também não é pra menos, sabendo que o filho iria morrer em pouco tempo, coisa que não desejo ao meu pior inimigo, é realmente muito triste. Na cabecinha dela ele tinha ficado doente por minha causa por se preocupar demais comigo por causa da doença e também começou a achar que eu queria que morresse logo por causa da pensão, logo que eu não dei bola pra isso pois sabia que era fruto de desequilíbrio, mas uma coisa era certa não podia contar com ela para horário de remédios, pois já não coordenava as coisas direito. E continuei não conseguindo dormir direito, já estava parecendo um zumbi. Chamei o filho mais velho dele, expliquei a minha situação e ficou combinado que ele iria dormir com o pai durante três noites na semana, e eu iria para casa da minha mãe e poder dar uma relaxada, por muitas noite fora difícil relaxar mesmo estando um pouco distante, aprendi a meditar e assim passei a dormir um pouco mais. Mas com fato de Rafael passar a ficar com pai, a D. Zilá gostou muito e passou a não querer que eu fosse mais na casa dela, e Oswaldo na situação que estava já não podia opinar em nada, e à partir daí passamos a nos falar mais por telefone, até porque Rafael  deixou de ficar com o pai, pois dizia estar cansado por causa faculdade, e com isso eu passei a controlar os remédios dele por telefone, ela mesma muitas vezes atendia e pedia para dar tal remédio e quanto a isso ele não discutia., mas eu ficava aqui na minha mãe preocupada. Oswaldo ficava na mãe dele durante a semana e finais de semana vinha pra cá, só não ficou aqui direto pois era complicado para o meu irmão, já que tinha crianças pequena, minha mãe que um certo problema de esquizofrenia e ainda por cima meu irmão trabalhava muito. ,as concordou em deixar Oswaldo vir pra cá no finais de semana, ele gostava muito e eu também pois ficava mais tranquila com relação aos remédios, nos dormíamos no quarto de minha mãe, ele dormia na minha cama e eu colocava colchonete no chão do lado da cama e ele dormia de mãos dadas comigo.
O cansaço aos poucos foi tomando conta de mim, e num belo dia amanheci com todos os sintomas da miastenia e tive que ser levada para a emergência e de lá fui transferida para Casa de Saúde Portugal que fica aqui no Rio Comprido, e o médico indicou o plasmaferése, primeira vez que tinha feito esse tratamento, foram 5 sessões. Aqui em casa tentaram enganar o Oswaldo, mas ele mesmo com o tumor na cabeça não estava burro, e sim sempre muito inteligente, e num desses dias ele me aparece no hospital para me visitar, a sorte é que ele só andava de táxi e com o motorista que já era conhecido nosso e todas as vezes que queria sair já agendava antes com ele, mas mesmo assim pedi ao Oswaldo que não fosse mais sozinho e sim com alguém da família. Meu irmão quando foi me visitar no sábado ele foi junto, e estávamos conversando quando ele teve uma convulsão no quarto, sai gritando pelo corredor e logo vieram socorrer, o levaram para emergência, liguei para o filho dele e expliquei a situação, logo o Rafael veio, como ele não pode ficar com o pai na emergência  e pernoitou comigo no quarto da UTI, e no dia seguinte depois dos reajuste de remédios Oswaldo foi pra casa. Sai da UTI, fui para um quarto, foi quando o meu neurologista soube da situação que estava passando e entrou com um calmante pra mim, foi qaundo eu me surpreendi pois sempre ouvi falar que não podíamos tomar calmantes e ansiolíticos e ele me disse que isso ia de caso a caso, e no meu caso foi bem aceito já que estava dias sem saber o que era dormir 8 horas seguidas. Plasmaferese fez um excelente efeito e sai do hospital andando e descendo escadas.
E assim voltamos a nossa rotina estabelecida. Final de ano chegando, eu obviamente nem um pouco animada, a mãe dele nunca teve essa tradição de fazer almoço ou jantar para família e nem tão pouco ia para casa de parentes mesmo sendo de filhos,, eram datas que ela se fechava, então por isso ficou combinado que Oswaldo passaria o natal na casa dos filhos na Ilha do Governador e o Ano Novo aqui. Dia 31 de dezembro de 20003 8 horas da manhã, meu irmão e minha cunhada à mesa tomando o café da manhã e eu num quarto do lado da sala conversando com o Oswaldo, quando percebi pelo telefone que estava tendo uma convulsão, procurei manter meu equilíbrio e não passar para o meu irmão, pois também já estava tomando ansiolítico por conta de toda essa situação, liguei diversas vezes para casa da mãe dele e o telefone só dando ocupado, liguei para o outro nº chamava e ninguém atendia, liguei para irmã mesma coisa chamava e ninguém atendia, pensei em ir lá, mas sabia que não ia conseguir entrar, dona Zilá sempre saia pela manhã ia ao mercadinho perto e isso já era hábito, eu eu sabia que estava por perto e que logo chegaria. Pssado uns 20 minutos tornei a ligar já com a cabeça a mil, ela atendeu e só confirmou o que eu já suspeitava e que tinha sangrado um pouco mais pelo nariz, eu pedi a ela que o arrumasse que já estava acioanando a ambulância e levá-li para o hospital. Eu já estava me arrumando quando ele me ligou com a voz ainda meia grogue me pedindo que não o levasse para o hospital pois queria passar o final de ano comigo e familiares, eu atendi ao pedido dele e pedi que se arrumasse e viesse pra cá e colocasse algumas roupas na bolsa pois iria ficar uma semana aqui, nessas alturas eu já fazia mais planos de nossas vidas juntos. Ao romper do ano falamos com todos e depois nós dois nos abraçamos, num abraço longo sem falarmos nada um para outro, e por fim ele me falou ao ouvido que aonde ele estivesse estaria sempre olhando por mim, e quando eu sentisse saudades que eu olhasse para céu a noite e que a estrela mais brilhosa mentalizasse ele que estaria me respondendo. Sai dali fui para p banheiro chorei tudo que tinha pra chorar, como estou chorando agora, ali no banheiro mesmo me refiz e continuamos a noite como se estivesse tudo bem, até que foi uma noite animadinha, pois meus vizinhos daqui de trás não deixaram nossas petecas caírem e nos levaram lá pra trás onde estava tendo um churrasco. 
E a ano novo passou. Oswaldo ficou aquela semana comigo. Todos os anos ele tinha um encontro com os amigos aposentados do Cenpes e naquele ano os amigos resolveram marcar num bar aqui no Grajaú, eu não fui para deixá-lo mais a vontade e por estar entre amigos estava mais tranquila, falei com ele no dia do encontro eram umas 5 horas da tarde, recomendei alguns amigos em comum dos remédios, e tentei relaxar. No dia seguinte as 6 horas da manhã que eu ligo para o horário dos remédios, a mãe dele atende dizendo que ele estava na UTI de um hospital na Tijuca porque tinha tido uma convulsão no encontro com os amigos e ela resolveu chamar a Gorete mãe dos filhos dele, a qual ele era separado judicialmente e que também não gostava dela como pessoa, nessa hora fiquei muito chateado com dona Zilá por não ter me avisado, na mesma hora me arrumei e parti para o hospital, cheguei lá ela estava e pedi que saísse que eu ia cuidar dele. Naquele dia mesmo ele foi para o quarto, ficou uns dois dias neste hospital e depois foi transferido para o hospital Espanhol que fui no centro da cidade. Ele ficou num quarto particular e com isso eu passava o dia inteiro com ele  e anoite era o meu filho, já que nenhum filho dele não foram nem visitar, e ainda recomendei ao meu filho que não saísse de lá enquanto eu não chegasse, e assim nós ficamos reversando, eu chegava às 8 horas da manhã e saía as 6 horas da tarde. Para o meu filho e para ele foi muito bom essas noites que passaram juntos, puderam resgatar e se perdoarem mutuamente, principalmente meu filho que apesar de gostar do tio, assim o chamava, mas tinha uma certa implicância com o tio por ele chamar muito atenção do Naldo por determinadas coisas que fazia de errado, e Oswaldo fazia como um pai.


Teve um dia que quando cheguei no hospital estava dona Zilá e Ângela irmã dele, e ela logo me perguntou porque Naldo estava ali tão cedo, e eu disse que Naldo passava as noites com ele e só saia quando eu chegava e essa era a nossa rotina, e ainda me perguntou: e os filhos? e tive que dizer a verdade, que desde que ele se internou nenhum filho tinha ido visitá-lo. Mas tenho certeza que Ângela só me fez essas perguntas perto da mãe para tirar caraminholas da cabeça dela sobre meu respeito.

No dia 16 de janeiro de 2004, Oswaldo havia se borrado todo, e estava enfiando as mãos por dentro das fraldas, chamei as enfermeiras deram um banho nele, mas depois eu com todo carinho cortei e limpei todas as unhas dele, e fiz a barba também, ele até brincou comigo, dizendo que ia cair um temporal, que por diversas ele bem me pedia para fazer a barba dele, eu além de não saber fazer, não essas paparicações com ele, já me pedia pra me mexer mesmo comigo. Oswaldo estava limpinho, unhas cortadas e barbeado.

No dia 17 de janeiro de 2004, um sábado ensolarado como sempre cheguei as 8 horas, Naldo foi para casa, e as 9:30 da manhã chegaram uns tios e uma prima de Oswaldo vindos de São Paulo para visitá-lo, tiraram fotos dele, de mim, tios e prima, ficaram um bom tempo. Oswaldo ficou muito feliz de vê-los. Foram embora eram mais ou menos 10:45, e logo que eles foram embora Oswaldo pediu que o colocasse na cama e as enfermeiras logo o colocaram. 11:00 da manhã Oswaldo começou a ter o que me parecia mais uma convulsão sai gritando pelo corredor, logo vieram dois médicos e começaram a fazer massagem no coração dele e colocaram desfibrilador e tentaram mais de três vezes, mais eu sabia que tinha partido, quando se confirmou, saindo em prantos pelo corredor, e encontrei com a psicologa dele que me abraçou por muito tempo e depois de tanto chorar me chamou a atenção para a realidade liguei para o meru filho pedindo que voltasse, pois o tio tinha acabado de falecer. Liguei para os filhos dele, ex mulher, irmã e não encontrei ninguém em casa, não podia dar essa notícia mãe por telefone e poupei dona Zilá, meus irmãos estavam num churrasco em Itacoatiara e sinal de celular era terrível, cheguei a ligar para minha ex sogra Derly, mas essa só pode tentar me reconfortar. Finalmente consegui contato com um amigo dele Xavier que também era aposentado do Cenpes e com ele veio o Rafael, filho mais velho do Oswaldo, nisso já tinha assinado o óbito, e depois fomos na Santa Casa resolver toda papelada. Eu já estava em pedaços, fui para casa e deixei tudo por conta dos filho e Xavier.
O enterro foi no domingo ensolarado de janeiro.
Essas última passagens que coloquei aqui não foram nada fáceis para mim estar postando, mas é uma necessidade de uma missão
                  Esta foto me foi enviada pelos tios de São Paulo


Morreu sorrindo como ele disse que queria.

 E minha história de vida com ele termina aqui, mas sempre no meu coração.



Minhas histórias de superação com a doença continua nas páginas miastenia gravis e eu vivo e meus netinhos. 






Nenhum comentário:

Postar um comentário